sexta-feira, 19 de julho de 2013

Blusa de lã.

Alô? Arminda! Até que enfim te acho em casa...tava dormindo? Mas ainda é de tarde, Minda! Depois você reclama que não dorme de noite. Você podia aproveitá prá rrrrefazê os barrrado de crochê das tua toalha. Da última vez que fui aí tava uma vergonha. Cê me desculpa, mas tava mesmo. Não sei que você tem na cebeça de enfiá tudo na máquina. Tá lôca, filha?! Fica tudo destruído mesmo!
Mas o que eu queria te falá não era isso. Minda, amanhã nós não vamos joga carta com a Minga. É...não vai dá prá ela, coitada, as criança da Marisa tão lá por que agora é férias. Assim tem graça, né? Esse pessoal que põe filho no mundo pros outro criar...assim fica fácil, cê concorda? A Minga tá lá, com aqueles, dois, toda estressada. Disse que não vence fazê bolo, que aquelas criança parece que não tem comida em casa. Ai, cê não sabe! Ela falô que o mais velho, agora que tá mais mocinho, ficou rrrespondão...oi? Viajar? Quem? Não, Minda, fomo no mês passado, santa! Mas cê tá com a cabeça cheia de Campari de novo? Já fomo lá prá Socorro, na feira de malha. Te trouxemo aquele blusa linda, com aquela gola grandona que cai pelas costa, com uns botãozão que imita madrepérola, esqueceu? Ai, que paraíso, viu? Toda aquela natureza , aqueles doce caseiro, aquelas...quê? Não, Minda, não achamo nenhum licor diferente dessa vez. Já te falei pra você dimimuí esses drink que cê toma. Isso é tóxico, filha! Acaba com o teu cérebro. Os tóxico também atrapalha o sono sabia? Hein? Tá bom, qué se matá, se mata! Bom, deixa eu desligar, porque não tenho esse tempo todo de dormir de tarde. Olha, vê se toma cuidado, porque o tempo já virou. Se você me pega outra bronquite eu que não vou saí que nem uma louca de novo prá te comprá o rrrremédio, viu?