quinta-feira, 26 de julho de 2012

Não adianta dá presente prá aquela lá!

    Alô? Domingas? Oi, filha, tudo bom? Olha, tô te ligando porque a Arminda me contou uma coisa que eu não se conformo! Mas eu fiquei tão fula da vida com ela! Nossa, mas falei tanto! Deus que me perdoa, mas nem sei se ela vai falá comigo de novo. Cruz credo, aindo tô tremendo!!!!!! Oi? Ah! Então, você não sabe o que ela fez: sábado ele teve uns amigo na casa dela. Já começa daí. Nem prá convidá nóis, cê entende? Quando eu te falo que ela tem vergonha da gente você não acredita. Taí a prova. Mas então, diz que eles tava tudo lá e aí acabou a força. Como a madame não tinha vela em casa, pegou a bagacera que você deu, que nóis trouxemo lá da viagem, e improvisou uma lamaparina! Diz que fez um fogo bom e que deu prá iluminá a sala pras visita. Minga! Olha que absurdo!!!!!!! Nóis carregamo aquele peso todo da garrafa prá todo lado, só para dar um presente do gosto dela e olha a consideração!!!!! Oi? Tá, o Olavo carregou mais tempo que nóis, mas não interessa! Já te falei que não é prá perdê tempo com presente prá ela. Lembra que daquele licor caseiro de figo que trouxe para ela de Águas de Lindoya? Então, já ficou aqui um tempão porque ela não vinha buscar nunca, depois ela me fala na cara dura que fez sagu com o licor!!!!
    Que? Af! Tô respirando! NÃO TÔ NERVOSA!!!!!!! Hein? Se ela tava bêbada? Quando? Quando me falou ou quando resolveu botá fogo na bagaceira? Sei lá, Minga! Ah! Por que que não fez lamparina com o Campari? Tô certa? E se tivesse chamado nóis, cê tinha seu isqueiro prá iluminá aquelas gaveta bagunçada dela e nóis ia achá uma vela que fosse. Ai! Ó, Minga, deixa eu dá uma deitadinha que tá me escurecendo as vista aqui. Tchau!

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