sexta-feira, 18 de maio de 2012

Cada hora é uma que me some.

    Oi, Arminda! Tá boa? Olha, eu não. Tô cos pacová na lua. Se não é você que me desaparece e não dá notícia é a Domingas. Gente, não consigo saber o que deu lá no retorno no médico que operou ela. Também queria saber se ela tinha passado bem o dia das mãe, má cadê? Só desencontro! Até vejo o Olavo de vez em quando na padaria ou na praça, mas é chato ficá toda hora perguntado dela, sabe? Olha, não sei como eu aguento vocês duas!
    Ontem também tentei falar com você e não consegui. Azar o teu porque a Zilda Quinglotti queria companhia prá ir lá na Visconti em São Paulo. Menina, você perdeu! Tem cada coisa boa em conta! Tem uns panetone que eles vende baratinho por diz que tá com defeito. Eu não vi defeito nenhum e comprei logo uma meia dúzia que é bom tê, assim, de reserva, né? Também comprei uns biscoito que ele vende por peso, acredita? As pessoa não qué porque tá tudo quebradinho. Mas prá fazê pavê, linda, não tem coisa  melhor, tô certa? Se você ficá muito aguada te dô um panetone prá você ficá feliz.
    Olha, amanhã eu e a sobrinha do Rotto, sabe a Wilma? Então, nóis vamos lá prá São Roque visitá aquele pessoal que era vizinho nosso aqui, aqueles com nome alemão, lembra? Então, ela falou que se você quiser pode ir também. Só que nóis vamo cedo porque não queremo voltá no escuro. Pensa aí depois cê me fala. Só que lá eles não bebe Campari. Eles gosta daqueles vinho docinho, mas acho que prá você tá bom né?
    Então é isso, Minda. Não esquece de me falar se você vai também, tá? Tchau!

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