Oi, Domingas! Como você tá, linda? Encontrei ontem com o Olavo na padaria e ele falou que cê tá boa. Ai, fiquei tão feliz! Eu tava com um medo dessa sua cirurgia, que você não imagina! Fiquei sem dormir na semana passada só pensando. Sei lá, a gente vê tanta coisa rrrruim por aí que perde a confiança, sabe? Mas já passou, né? O Olavo falou que você ainda não pode fumá. Nossa! Cê deve de tá subindo pelas parede. Bem feito! Ninguém mandou ficá viciada nessa porcaria, tô certa?
Mas então, sabe o que eu queria te falá? Não! Então, é que amanhã vai ter um bingo lá na Vila Darlene prá ajudá aquela associação das mãe solteira carente. Você não quer ir? Vamo eu e a Minda. Oi? Eu sei que nóis não tem culpa que as moça não se preveniram. Eu sei! Mas pensa nas criança! Elas também não tem culpa, judiação! Credo, Minga, pára de ser ranzinza, criatura! Sabe porque você tá assim? Abistinência dos teu cigarrrrrro madilto! Olha, o Olavo falou que você já pode sair, então pede prá ele te trazê aqui de tarde. Eu vou fazê aquele bolo de choclate que não fermento. O quê? Incruado é teu nariz, Minga! Que horror!!!! Aquele bolo é chique, tem nome estrangeiro e tudo! Custa uma fortuna nas padaria! Vá via! Deixa de má criação e vem aqui que eu e a Arminda vamo terminá de fazê o arremate nos casaquinho de nenê que nóis fizemos prá levá lá. E eu não quero ouvi mais uma reclamação! Você vem e se distrai um pouco. Hein? Tá, tá, tá!!! Eu falo prá Arminda tomá o Campari dela antes de vim prá cá. Pode deixar que eu explico diretinho que você ainda não pode com álcool por causa dos antibiótico. Tá, tchau!
Nossa, como que fui ficá amiga de duas viciada?! Creio em Deus Padre!
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