Alô? Arminda! Oi, filha, tudo bem? Credo, que voz é essa? Tá de ressaca? Ah...sei...misturô o Campari com Malzebir. É, agora aguenta, né? Então, Minda a Domingas te ligô também prá ir na sexta-feira lá na casa dela, né? Ai, quase que eu falo que não vô por causa daquele Tanaka. Gente, aquele homem tem cheiro de azedo! Ai, não sei como a Toshiko aguenta, coitada, deve tê acostumado, né? É de tanto que ele bebe cerveja. Sabe que eu falava pro falecido que ele fedia azedo quando tomava cerveja. Nossa! Um horror! Tinha vez que precisava trocá até o lençol, acredita? Ai, quanto que eu já sofri, viu? Mas cê vai, né? Então, sabe que eu pensei, já que a Minga tem aqueles problema do diabete, por que que nóis não dá outro presente prá ela de Páscoa? Sabe a Neide, sobrinha dos Salmonni, que casô com aquele turco que vendia móveis? Nossa, foi um desgosto prá família...então ela vende uns produto de beleza duma marca que nunca ouvi falá. Parece que é Laroffe, Larroufe, sei lá um negócio assim, e diz que tem um tal dum sabonete lá que é, assim, íntimo, sabe? Qué dizê, que usa, assim, nas parte, sabe? Então, diz que é uma maravilha. Aí eu lembrei que a Minga, quando o tempo tá muito abafado, sempre se queixa de tá com escorrimento, né? Aí eu pensei, vamô juntá nóis duas, a gente divide, e dá isso prá ela. Melhor que o chocolate, tô certa?
Ó, Minda! Cê fica sussegada que eu já te comprei os bombom de licor da Pan que cê gosta. Comprei duas caixa dessa vez porque foi difícil de achar. Era surpresa, mas agora eu já falei. Ai, eu sô uma sacripanta , mesmo! Mas só te dá no domingo! Então, linda, faz assim, cê passa daqui umas 10:30 e nóis vamo andando com calma, tá bom? Olha, não me vai caí na bestera de fazê jejum, heim? Se não cê desmaia, que nem ano passado, e toca nóis saí corrrendo, disisperada prá te socorrê, tô certa? Qualquer coisa cê liga, viu? Ah! Pára de fazê essas misturança de bebida! Fica só no seu campari que seu organismo já tá acostumado, hein? Bom. Tá. Tchau.
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