sábado, 17 de março de 2012

Que chuva nada!

    Ai, Domingas, ainda bem que nós fomo! Se viu, de manhã até que tava um solzinho e deu prá molhá os pé na água. Olha, Minga, cê desculpa eu falá, porque nem marido eu tenho mais, mas acho chato o Olavo ficá usando aquela sunga de crochê na idade dele. Olha, linda, eu respeito as idéia dele, sei como ele era na juventude com aquele pessoal alternativo e tudo, mas aquela coisa tá laciada, santa! Aparece coisa que não deve, cê me entende? Olha, se ele faz tanta questão, faz uma nova! Aproveita e usa um ponto mais fechadinho, né? Que cê acha? Não tô certa?
    Então, filha, eu consegui falar com a Arminda! Pois é! Ela ainda tá lá pros lado da Praça Roosevelt, em São Paulo. Eu te falei, não? Contei prá ela que nós fomo passeá em Mongaguá. Acredita que ela só perguntô se nóis compramo o doce de banana que ela gosta? Ai, me deu uma raiva que quase que eu faço sagu com licor de figo que comprei pra ela. Mas cê sabe que eu não guardo rancor, né? Então deixei a garrafa guardada e dô quando ela voltá. Aliás eu tive uma idéia! Quando chegá o aniverário dela, eu sei que tá longe ainda, mas nóis podia fazê um brigadero de Anizete prá ela, não e uma boa? Acho que ela vai gostá, não?
    Olha, Minga, já quase terminei o conjunto de banheiro que nóis começamo no tricô lá na praia. Só falta engomá e depois transpassá a fita. Aí cê já pode dá de presente pra sua cunhada. Essa é aquela que era bem gorda e depois emagreceu? Nossa, ela ficou tão esquisita magra, né? A cara toda chupada, parece que tá doente, coitada! Na segunda de manhã te levo o conjunto aí e é só você fazê o embrulho do seu gosto. Bom dia prá você, linda! Ainda bem que não tá aquele calorão hoje, né?

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